lato

tento não tremer para não mostrar,
tento não temer para não chorar;
temo ter feito ambos quando sorri..
a tua forma de descascar a trivialidade,
intriga-me e instiga-me,
talvez um destes dias me liberte,
soltando a língua numa destas noites;
a presença que mostras, sincera,
fecha-me os poros,
e sustendo a respiração ali fico;
à procura de um pedaço de papel onde escrever a mensagem...
mas ao encontrar um papel nu,
para depositar as palavras,
as minhas mãos,
os meus dias e anos,
os meus olhos e todos os meus sentidos,
gritam o medo de medo ter,
de me revelar sem sofrer..

e quando ele dentro de mim mora,
nada mais sinto senão uma imensa pequenez.. Etiquetas:

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